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Bats on the East Tower

Criei este blog com posts com um tema em comum: estilo alternativo. Se tiverem alguma sugestão/pedido, não hesitem em deixar um comentário. Blog escrito no antigo acordo.

Bats on the East Tower

Criei este blog com posts com um tema em comum: estilo alternativo. Se tiverem alguma sugestão/pedido, não hesitem em deixar um comentário. Blog escrito no antigo acordo.

Regresso às aulas, código de vestuário, e o que fazer quando este não é explícito.

 

Howdy little creatures!

 

Hoje venho falar do regresso às aulas e, mais especificamente, do código de vestuário. Pois é little creatures, já venho atrasada. As aulas já começaram. Mas este post é sempre útil, por isso vamos lá! :D

 

Há muitas escolas que não têm qualquer código de vestuário, mas também há muitas que têm. E nem sempre esse código de vestuário abona em favor do pessoal alternativo. Por vezes são utilizados termos como "exótico", "chamativo" e "incomum" para definir coisas que não são aceitáveis de acordo com aquele código de vestuário. O problema que se coloca é que não é dito especificamente o que é considerado "exótico" ou "chamativo", o que gera confusão, pelos motivos óbvios (o que é "exótico" e "chamativo" para mim, pode não o ser para os outros, etc, etc). Um código de vestuário vago permite muitas interpretações, que vão depender da mente de quem tiver o papel de o fazer cumprir.

 

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Imaginemos a seguinte cena: pessoa alternativa vai para a escola alegre, cantando e rindo. Pessoa alternativa é parada pela entidade reguladora do código de vestuário, que a manda à sala do director. Motivo: o seu cabelo preto com madeixas vermelhas é considerado inadequado ao abrigo do código de vestuário. Pessoa alternativa vai ler o código de vestuário. Encontra zero informações acerca do que é especificamente inadequado, mas as palavras "exótico" e "incomum" abundam de tal ordem que ela fica a questionar-se se a pessoa que escreveu aquele código tem alguma consciencia das regras da língua portuguesa sobre repetição e construção frásica. 

 

O que fazer então? Vou dar-vos algumas dicas!

 

1º Arranjem uma cópia do dito código de vestuário:

Este é o primeiro passo. A ideia é estudá-lo muito bem. Eu sei, é uma seca, mas compensa! Mesmo que estejam presos a um uniforme de calças/saia e blusa de determinada cor, procurem por referências a cabelo, maquilhagem, joalharia, etc. Leiam atentamente. Tomem notas, façam perguntas. Se encontrarem poucas explicações em determinados parâmetros, é nelas que se devem concentrar. Exemplo: o código de vestuário menciona que o vosso cabelo não deve passar da altura dos ombros mas não menciona a cor. That means, vocês podem ter o cabelo da cor que quiserem e ninguém tem nada a ver com isso. Tirem proveito da linguagem vaga que encontrarem.

NOTA: Normalmente não há regras acerca do material escolar. Por isso também podem ter a mochila, estojo, etc decorado como quiserem. São coisas por vezes subtis, mas se for impossível fazer mais do que isso, é melhor que nada.

 

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Por outras palavras, não podem embirrar se tiverem uma mala assim...

 

 

2º Tenham a certeza de que sabes todas as regras e da sua linguagem específica:

Assim, se alguém chegar ao pé de vocês e disser que vocês estão a quebrar a regra X ou Y, vocês podem defender-se. Como falei anteriormente, tirem proveito da linguagem vaga do código. Façam com que a pessoa que vos abordou explique o que considera como "exótico", "incomum", etc. Aposto que se forem ver bem, alguns dos vossos colegas mais "normais" estão a quebrar essas regras também (exemplo: "cores de cabelo não naturais". Acho que toda a gente concorda comigo que dificilmente alguém nasce moreno de madeixas loiras. Sim, aposto que eles se referem a cores como rosa ou azul, mas não é isso que lá diz). No entanto não usem esse facto como defesa imediata. Vai parecer infantil e uma tentativa forçada para se "desculparem". Esse facto deve ser usado quando conseguirem explicar especificamente quem está a quebrar essa regra e de que maneira, o que nem sempre é logo possível.

 

NOTA: Às vezes quem vos abordou pode nem ter reparado em outras pessoas que quebram as regras, por estarem focados em vocês. Por isso quando lhes fizerem ver esse facto devem fazê-lo calmamente. 

 

 

3º Falem com os vossos pais e amigos e peçam o seu apoio:

Como já disse neste post, se tiverem alguém mais velho que tome o vosso partido, é mais fácil serem levados a sério. Quando falarem com eles, expliquem-lhes os vossos receios. Mostrem-lhes o código e as vossas notas e conversem sobre isso. Expliquem porque não concordam com determinadas partes do código. Tentem conseguir a ajuda deles. Falem sobre o quão importante é para vocês poderem expressar-se através do vosso visual. Se eles estiverem "nem aí" para o que vocês dizem, falem com um familiar com quem tenham confiança e que saibam que vos vai ouvir. 

 

NOTA 1: O mesmo vale para os vossos amigos. Quanto mais gente vos apoiar, melhor. 

 

NOTA 2: Se os vossos pais não vos apoiarem, não desanimem. Terem tido essa conversa com eles serviu-vos de prática, e vai ser útil :)

 

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 C'mon, até o Nicholas Cage aceita o filho...não venham agora embirrar!

 

4º Vão falar com a "chefia" da escola:

Já com tudo preparado, vão com os vossos pais (ou familiar da vossa confiança) falar com a "chefia" da escola. Devem ser o mais calmos, articulados e diplomáticos possível. Não se exaltem. Não se enervem (principalmente se tiverem a tendência para chorar quando os nervos são excessivos). Façam exercícios de respiração antes da reunião, se precisarem. A ideia é que consigam mudar as regras para melhor, não  para pior (que eles passem a especificar tudo o que querem dizer, por exemplo). 

 

Pequenas dicas:

-Se a vossa escola tiver um jornal, falem com os responsáveis. Podem publicar um artigo sobre as vossas considerações sobre o código de vestuário;

-Distribuam panfletos se possível. Assim poderão encontrar mais pessoas interessadas;

-Se a vossa escola tiver um site gerido por alunos, façam circular a informação por lá também;

-Sejam alunos modelo. Quanto menos tiverem a apontar-vos, melhor.

-Vistam-se de forma respeitável, mas notoriamente alternativa, quando forem falar com a "chefia";

-Se infelizmente chegarem à conclusão que eles queriam mesmo dizer que coisas como piercings, cabelo colorido, fios de morcego, etc, são considerados inaceitáveis porque são "chamativos", perguntem, de forma educada, porque é que as calças descaídas e os grandes decotes não são proibidos também (e, se já o forem (e ninguém quiser saber e continuarem a usar sem que ninguém os chateie), o porquê de isso acontecer);

-O mais importante é fazerem barulho. Se acreditarem realmente na vossa causa, não a deixem morrer ao primeiro "não"!;

-Se, por eventualidade, a história tomar maiores proporções (media, etc), será mais importante do que nunca demonstrarem-se calmos e confiantes. Se se enervarem, podem correr o risco de ser tudo levado como "raiva e idealismo adolescente, isso passa-lhes". Isso pode deitar tudo a perder. Se forem muito novos, podem considerar-vos "mimados". Se forem mais velhos, podem considerar-vos "imaturos".

 

Para mais ideias, consultem esteeste, este e este  link do blog "Gothic Charm School". Basicamente disse o mesmo que a Jillian Venters, mas há sempre mais dicas nos comentários que podem ajudar! 

 

NOTA: Sei que a linguagem que usei neste post pode parecer um pouco ofensiva. Mas estamos a falar da mente humana e de problemas de âmbito escolar. Quanto mais honesta for a minha linguagem, melhor. 

 

Bat Kisses

 

Oriana Bats

 

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Este blog recolhe casos de preconceito e discriminação contra pessoas que têm diferentes estilos. Se quiseres contar o teu caso, entra em contacto com a autora através dos comentários do blog. Obrigada e Bat Kisses.
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